quinta-feira, 3 de novembro de 2011

tudo o que sempre quis te falar mas nunca tive coragem

Foi por ti que comecei a escrever. Não tinha mais nenhuma saída além de passar horas chorando por tua causa. As letras, palavras, contos e poesias me acolheram, me senti uma filha que a casa torna após tanto tempo. Não sei se te devo algum agradecimento, afinal tu me fez sofrer um bocado, e nem tinha noção: todas aquelas vezes que eu falava "fica com ela, ela parece ser legal" era pura mentira, queria que tu ficasse ali sentado comigo no meio fio da calçada falando sobre nada; quando chegava em aula cabisbaixa e com os olhos inchados e tu me perguntava o que houve, e eu falava que havia brigado com minha família, era pura mentira.
Não quero fazer disso aqui um pequeno confessionário, mas é impossível terminar esse ano e eu não te falar nada. Não te amo mais como antigamente, não sinto necessidade de uma dose diária tua. Ainda penso em ti, claro, afinal fostes meu primeiro amor. Fostes, por muito tempo, o que me segurou aqui. Mas não é mais o que era a alguns anos atrás. Me curei do melhor mal que já pode ter caído sobre mim, que foi tu.
três de novembro de 2011

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