sábado, 28 de janeiro de 2012

Assim caminha a humanidade.

Todo ano naquele mesmo dia ia até o farol. Nao queria, mas sentia a necessidade, sentia-se flutuando enquanto seu corpo o levava até a beira da praia e subia os mais de 200 degraus até chegar no topo. Sentou-se no chão, deixou as pernas balançarem para fora - em direção ao chão e sentiu o vento batendo em seu rosto, trazendo junto lembranças que ele recusava pensar. Respirou fundo e deixou-se levar a cinco anos atras, quando tinha 20 anos de idade.
Era uma noite nublada de julho quando ele recebeu aquele bilhete no bar. As letras em sua frente dançavam no ritmo da banda que tocava ali, porém conseguiu ler um nome: Nyx. Riu consigo mesmo, afinal o que ela queria após tantos meses sumida? Uns dizem que enlouqueceu e foi morar na fazenda dos avós, outros dizem que conheceu um homem e fugiu com ele. Theo não se importava, odiava-a por ter quebrado seu coração, mas ainda assim queria ouvir a explicação que ela o daria.
- Theodoro, mais uma dose?
- A ultima, depois tenho uma tarefa importante a cumprir. E nunca mais me chame assim
A faria sentir o mesmo que ele.
Nunca havia sido tão difícil subir aquelas escadas. Certo tempo atrás corria atras de Nyx ali mesmo, ansiando estar no topo para sentir a pele dela em cpntato com a dele. Aquela maldita que ele ainda amava.

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